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Advogado criminalista critica pedido de prisão de Gusttavo Lima: "Plateia"

O advogado informou que não há base para o pedido de prisão e disse que o caso se assemelha ao “direito do espetáculo”

Depois que foi decretada a prisão do cantor Gusttavo Lima, os fãs do músico ficaram assustados com a decisão da Justiça e o assunto ganhou grande repercussão rapidamente, mas o que muitos querem saber é o que realmente fez com que a juíza determinasse a prisão do cantor.

Imagem Gusttavo_Lima_sorrindo
Foto: Instagram/Gusttavo Lima

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Caio Padilha, advogado criminalista e que é especializado em casos jurídicos envolvendo crimes financeiros, deu uma entrevista para a Quem nesta terça-feira (24) e falou sobre a decisão que resultou na determinação da prisão do sertanejo. O especialista discorda da medida jurídica.

O advogado considerou que não há uma base para solicitar a prisão do sertanejo: “Me parece mais um episódio da série do 'direito da plateia', do 'direito do espetáculo'. É uma decisão que visa mais a exposição midiática do que uma análise técnica criteriosa”, começou.

O especialista explicou como funciona o processo de lavagem de dinheiro, que é um dos supostos motivos para Gusttavo Lima estar sendo investigado: “A lavagem de dinheiro é basicamente uma operação que tenta dar uma aparência legal para aquele dinheiro, para aquele recurso que é resultado da prática de crimes ou de contravenções penais”.

Na primeira fase, o dinheiro 'sujo' entra no sistema financeiro por meio de depósitos bancários, compra de bens de alto valor ou operações mais complexas com empresas de fachada. Nessa etapa, o dinheiro é movimentado entre contas, convertido em moedas estrangeiras ou criptomoedas, e, muitas vezes, se usa a prática do 'smurfing', que consiste em pequenos depósitos anônimos” esclareceu.

Caio Padilha considerou que a decisão sobre a prisão de Gusttavo Lima foi exagerada: “O Ministério Público foi claro ao solicitar medidas cautelares, e não a prisão preventiva. Isso mostra que havia alternativas menos drásticas, como o monitoramento eletrônico ou a proibição de participação em eventos relacionados às apostas. Estamos vendo uma tendência preocupante de decisões que, ao invés de se pautarem pelo critério técnico, buscam atender ao apelo popular. Infelizmente, é algo que se tornou comum, e o caso de Gusttavo Lima não é diferente”.

Já o cantor, que está em uma viagem nos Estados Unidos, garante ser inocente diante das acusações e disse que tem certeza de que a decisão será revertida: “Eu não fiz nada de errado e nem tem nada contra mim. Essa prisão vai ser revogada eu tenho fé em Deus”, declarou.

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