O ator Carmo Dalla Vecchia revelou que, em casos de ataques homofóbicos, não hesita em buscar respaldo legal. Casado com o autor João Emanuel Carneiro e pai de Pedro, de 5 anos, o artista afirmou que já levou agressores às autoridades após receber mensagens ofensivas por conta de sua orientação sexual.
Carmo Dalla Vecchia comenta como lida com situações homofóbicas
Em entrevista recente, o ator refletiu sobre como lida com situações de preconceito, muitas vezes disfarçadas de críticas. Ele relatou que os ataques geralmente não são diretos, mas aparecem como julgamentos ao seu visual, como o uso de um bigode azul ou esmalte nas unhas. Para ele, essas manifestações revelam intolerância velada.
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Carmo Dalla Vecchia destacou que prefere não absorver esse tipo de agressão. Segundo ele, o preconceito pertence a quem ataca, e não à vítima. O ator afirmou que, na maioria das vezes, prefere excluir comentários ofensivos e bloquear os perfis responsáveis, como forma de neutralizar o impacto emocional.
A reação do artista
Apesar disso, nem sempre a reação é silenciosa. O artista disse que, ocasionalmente, responde aos ataques de forma firme. Com bom humor, ele criou até um personagem irônico, o "Carmo Treteiro", usado quando decide confrontar os ofensores em público, especialmente nas redes sociais.
Ainda assim, quando os comentários ultrapassam os limites e configuram crime, Carmo Dalla Vecchia toma providências legais. Ele contou que já registrou queixas formais contra haters que o atacaram com ofensas ligadas à sua orientação sexual. De acordo com o ator, a atitude dos ofensores muda completamente quando são intimados a prestar esclarecimentos à polícia.
Manter o equilíbrio nem sempre é fácil
O ator acredita que a exposição ao diverso é um caminho para a transformação social. Para ele, reagir aos ataques também é uma forma de educar e impor limites à intolerância. Segundo Carmo, conviver com diferentes formas de ser é uma oportunidade de aprendizado coletivo.
Com mais de 18 anos de psicanálise e práticas espirituais, Carmo Dalla Vecchia reconhece que manter o equilíbrio nem sempre é fácil, mas considera fundamental não aceitar calado o preconceito. Para ele, responder com consciência e, quando necessário, recorrer à Justiça são formas legítimas de proteção.