Nesta terça-feira (20/08), a família de María Branyas Morera relatou o falecimento da espanhola, que era datada como a pessoa mais velha do mundo, com 117 anos de vida. 

Em um comunicado, realizado na conta pessoal da cidadã no X (antigo Twitter), os familiares de María detalham a perda: “Maria Branyas nos deixou. Ela morreu como queria: dormindo, em paz e sem dor”.

A espanhola era registrada como a pessoa mais velha do mundo a apenas um ano. O ato chegou a ser reconhecido pelo Guinness, que tem o papel de registrar recordes mundiais, e pelo Grupo de Pesquisa de Gerontologia, associação da Universidade da Califórnia.

A idosa nasceu em 1904, originalmente na Califórnia, nos Estados Unidos. Entretanto, sua família, formada por espanhóis, optou por voltar para a Espanha cerca de oito anos depois. 

Com três filhos, onze netos e treze bisnetos, María vivia na região de Catalunha, na parte noroeste do país. Nos últimos tempos, a espanhola havia se mudado para um asilo, mas recebia a visita constante de seus familiares. 

Com 113 anos, María contraiu Covid e venceu a doença, adquirindo outro recorde em sua vida: a de pessoa mais velha a sobreviver à enfermidade. Entre seus longos anos de vida, foi testemunha de acontecimentos históricos, como a Guerra Civil Espanhola.

Ainda no perfil oficial da idosa, a família deixou um dos últimos pensamentos da mulher: “Há alguns dias ela nos disse: ‘Um dia vou sair daqui. Não vou mais experimentar café, nem comer iogurte, nem acariciar a Fada… Também deixarei minhas lembranças, minhas reflexões e deixarei de existir neste corpo”.

Em seus últimos dias, María parecia ter noção de que o fim estava próximo: “Um dia não sei, mas está muito próximo, essa longa jornada vai acabar. A morte me encontrará desgastado por ter vivido tanto tempo, mas quero que ela me encontre sorrindo, livre e satisfeito”