O guia que levava Juliana Marins pela trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, negou ter abandonado a brasileira após ela se queixar de cansaço. Em entrevista ao jornal O Globo, Ali Musthofa deu sua versão da história.
Ali confirmou que aconselhou a publicitária a descansar, mas pontuou que tinha combinado de esperá-la um pouco mais à frente. "Na verdade, eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela", declarou.
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"Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei. Eu disse que a esperaria à frente. Eu disse para ela descansar", prosseguiu.
Reação de Juliana Marins após a queda
Musthofa ainda disse que ouviu os gritos de Juliana por socorro após a queda no penhasco. "Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana [reagindo] pedindo socorro", contou.
O guia afirmou que prometeu ajudar a brasileira. "Eu disse que iria ajudá-la. Tentei desesperadamente dizer à Juliana para esperar por ajuda", lamentou.
"Liguei para a organização onde trabalho, pois não era possível ajudar a uma profundidade de cerca de 150 metros sem equipamentos de segurança. Eles deram informações sobre a queda de Juliana para a equipe de resgate e, após a equipe ter conhecimento das informações, correu para ajudar e preparar o equipamento necessário para o resgate", completou.
Corpo resgatado
Juliana foi localizada morta na última terça-feira (24), após quatro dias de buscas. Nesta quarta (25), a equipe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) conseguiu içar o corpo da niteroiense do Monte Rinjani e levou para uma base.