O conclave, votação dos cardeais da Igreja Católica para eleger um novo papa, começará nesta quarta-feira (7) na Capela Sistina, no Vaticano. Quem for eleito, irá assumir o lugar do papa Francisco, que morreu no final de abril de 2025. Ao todo, são 135 cardeais são elegíveis a participar. Porém, o que muitos não sabem, é que o religioso que assume a função de papa, tem necessidade de trocar de nome.
Essa tradição começou no século VI, quando o papa João II, que se chamava Mercúrio, resolveu adotar o nome "João" para evitar associações com um deus pagão. Com isso, os sucessores passaram a mudar de nome também para representar uma nova identidade.
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Desde então, se tornou comum a substituição dos nomes originários dos papas por nomes diferentes, que são escolhidos e adotados posteriormente pelos próprios religiosos.
O falecido papa argentino Francisco se chamava Jorge Mario, sendo que Bergoglio era o sobrenome do mesmo. No entanto, ao assumir o cargo, ele resolveu adotar a nova identidade através do nome Francisco.
Outro exemplo é o papa João Paulo II, que foi batizado como Karol, um nome polonês que deriva de Karl ("Carlos" em português). Ele também teve que mudar o nome originário para assumir o cargo de líder da Igreja Católica.
Quando uma pessoa é eleita como papa no conclave, ela ouve duas perguntas durante o processo: "Você aceita sua eleição canônica como sumo pontífice?" e "como queres ser chamado?".
Texto bíblico
Além disso, essa tradição também está relacionada com as origens do cristianismo. Segundo o texto bíblico, o apóstolo Pedro, que foi o primeiro papa, ouviu do próprio Jesus a designação da nova identidade, de acordo com o texto bíblico: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". Cabe destacar que o nome originário do religioso era Simão.