Fernando Fernandes relata no Domingão a sensação inédita ao voltar a andar após 16 anos de lesão
Fernando Fernandes surpreende ao relatar sensação de caminhar novamente com exoesqueleto robótico após acidente em 2008
Fernando Fernandes voltou a caminhar com o auxílio de um exoesqueleto robótico, 16 anos após o acidente de carro que comprometeu permanentemente os movimentos de suas pernas. O apresentador compartilhou a experiência durante entrevista exibida no último domingo (1º/06) no programa “Domingão com Huck”, transmitido pela TV Globo.
Durante o programa, Fernando foi acoplado ao dispositivo por meio de uma estrutura presa à cintura. O equipamento simula os movimentos naturais do corpo com a ajuda de articulações controladas por sensores. Ao caminhar utilizando o aparelho, o apresentador relatou sensações inéditas. “Admito que menosprezei o aparelho, achei que fosse mais do mesmo, mas, não. Eu não tenho sensibilidade nas pernas, mas senti os meus pés em contato com o chão… Isso me arrepiou. O que estava adormecido começou a despertar”, afirmou.
A entrevista também abordou a trajetória de Fernando desde o acidente ocorrido em 2008. Ele recordou as fases de adaptação à nova realidade e a importância do esporte em seu processo de reestruturação pessoal. “O tempo vai passando, são 16 anos após a lesão, e você vai perdendo a esperança, vai criando o teu mundo. Quando eu perdi o movimento das pernas, eu ganhei asas, comecei a voar, fiz paraquedismo, parapente, mergulho…”, declarou.
Fernando destacou ainda como a experiência com o exoesqueleto representou um ponto de inflexão em sua jornada. O impacto da vivência provocou nele uma nova motivação para seguir buscando avanços na sua recuperação física. “Com o exoesqueleto, acendeu um vulcão dentro de mim. Coloquei na cabeça que quero voltar a andar, quero um desses”, revelou, emocionado.
O exoesqueleto testado por Fernando é um dispositivo de suporte externo rígido, equipado com sensores que controlam movimentos e articulações. A tecnologia tem sido usada tanto em processos de reabilitação quanto em estudos sobre mobilidade assistiva, ampliando as possibilidades de autonomia para pessoas com deficiência motora. O recurso permite que usuários realizem movimentos complexos, como caminhar, mesmo sem comando voluntário das pernas.
Casos como o de Fernando Fernandes destacam o impacto que a inovação tecnológica pode ter na vida de pessoas com mobilidade reduzida. A aplicação prática de soluções como o exoesqueleto robótico está diretamente ligada ao avanço da medicina assistiva e da engenharia biomecânica.
A experiência do apresentador demonstra como a tecnologia pode despertar novas perspectivas em trajetórias já marcadas pela superação.