Ex-funcionária de Hytalo Santos processa influenciador e cobra R$ 162 mil: "Tratada como escrava"
Segundo a mulher, ela recebeu um apelido de escrava e fazia hora extra diariamente, sendo que alguns direitos trabalhistas não eram respeitados
Hytalo Santos vive uma fase delicada da vida. Além de um processo que foi instaurado em dezembro de 2024 pelo Ministério Público da Paraíba para apurar denúncias de corrupção de menores e exploração infantil, o influenciador digital também está tendo que lidar com processos judiciais de ex-funcionários dele e do marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro.
De acordo com o jornal EXTRA, sete processos foram movidos por ex-funcionários do casal, no Tribunal de Justiça do Trabalho, sendo que as ações correm em segredo de Justiça. Em um dos processos, uma influenciadora digital cobra um alto valor da dupla.
Segundo o EXTRA, a quantia cobrada é de R$ 162 mil por horas extras, multa e indenização referente ao suposto apelido de escrava. A mulher trabalhou com Hytalo Santos entre os meses de abril e agosto do ano passado, sendo que ela tinha função de organizar a agenda pessoal do paraibano, além de lidar com a mídia, fornecedores e possíveis contratantes e marcas.
O salário da ex-funcionária do casal girava em torno de R$ 8 mil líquidos por mês. No entanto, a remuneração, supostamente, não estava prevista em um contrato ou contracheque, já que a carteira de trabalho da moça não teria sido assinada.
A mulher relatou que enquanto trabalhava para Hytalo Santos e Israel Natan Vicente, as 44 horas semanais pré-combinadas, nunca foram respeitadas, já que ela supostamente teria feito horas extras em excesso.
"No presente caso, restou amplamente demonstrado que a Reclamante era submetida a uma jornada diária de trabalho de, em média, 14 horas, excedendo em 6 horas o limite legalmente permitido, em flagrante violação ao art. 59 da CLT", dizem os autos.
Suposto apelido de escrava
No processo, consta ainda que a ex-assessora teria sido humilhada pelos antigos patrões: "A exaustão da Reclamante era tamanha que a jornada de trabalho sem fim passou a ser notada por todos que circulavam ao redor do Influencer, incluindo colaboradores e amigos dos Reclamados. Internamente, a situação gerou comentários e até um apelido pejorativo dado à Reclamante: 'Isaura', em alusão à personagem da novela Escrava Isaura. Além do evidente cunho racista, tal denominação também reforçava a percepção de que a Reclamante era tratada como uma 'escrava'".