Poliana Rocha faz funcionárias entrarem em dieta e advogada faz alerta sobre possível 'prática abusiva'
A jornalista Poliana Rocha, esposa de Leonardo, propôs um desafio para as funcionárias
Poliana Rocha revelou, na última segunda-feira (16), que propôs um desafio a duas funcionárias: entrar em uma dieta. A esposa de Leonardo disse que a ideia surgiu como um incentivo para que elas adotassem hábitos mais saudáveis.
A jornalista explicou que ficou preocupada ao flagrá-las tomando refrigerante logo cedo. "Gente, eu estou aqui com essas duas e hoje nós lançamos um desafio. O que acontece? As duas estavam tomando Coca-Cola no café da manhã, e eu fiquei muito preocupada com a saúde das duas", declarou.
"Então hoje nós pesamos, Ludi pesou, Bá pesou, e nós vamos ficar uma semana com uma dieta muito saudável aqui em casa, tudo que eu comer, elas vão comer", acrescentou.
A mãe de Zé Felipe ainda prometeu uma recompensa para incentivar as funcionárias. "Quando for no sábado, nós vamos pesar para saber quem perdeu mais quilinhos. E quem perdeu mais quilinhos vai ganhar uma surpresinha da patroa, combinado?", completou.
Advogada faz alerta após desafio proposto por Poliana Rocha
Em entrevista ao portal Márcia Piovesan, a advogada trabalhista Márcia Gadben afirmou que Poliana não pode obrigar as trabalhadoras a entrarem em uma dieta, mesmo com consentimento. "Poliana não pode obrigar suas funcionárias a seguirem uma dieta, embora tenha aparentemente havido um acordo entre as partes. A legislação brasileira protege os empregados desse tipo de imposição, principalmente porque afeta a privacidade e a dignidade da pessoa humana", explicou.
"A exigência de uma dieta, se for vinculado com a manutenção do emprego ou a benefícios nesse emprego, pode ser considerado uma prática abusiva e discriminatória, apesar de haver concordância", acrescentou.
Márcia Gadben também destacou que as empregadas têm o direito de acionar a Justiça, caso se sintam lesadas pelo desafio proposto por Poliana. "Apesar de terem dado um consentimento. Mas se esse consentimento tivesse sido viciado, ou seja, se elas se sentirem de alguma maneira coagidas a aceitarem essa dieta porque ficaram com medo de recusar e ter um prejuízo profissional", contou.
"Ou se elas sentirem que a empregadora está controlando a vida privada e as escolhas alimentares, e isso está afetando diretamente o relacionamento delas como trabalhadoras, elas podem entrar na esfera trabalhista e pedirem indenização por assédio moral. Podem alegar indiscriminação e até mesmo requererem a rescisão indireta do contrato de trabalho", finalizou.