O machismo no sertanejo sempre foi uma pauta levantada pelas mulheres que buscam espaço na música em um gênero que o sucesso musical ainda é ocupado pela maioria dos cantores que são homens. Roberta Miranda, desbravadora desse ciclo, foi a primeira mulher a competir de igual para igual, isso ainda na década de 1980.
Os anos passaram e Roberta fez do seu legado uma força para Marília Mendonça, Simone e Simaria, Paula Fernandes, Maiara e Maraísa, Ana Castela e tantas outras conseguirem seu espaço para mostrarem o talento.
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O sucesso veio após tantos anos de dedicação a música e podendo mostrar que existem mulheres talentosas na música sertaneja. Porém, ainda falta muita igualdade.
Paula Fernandes é ativa quando perguntada sobre o que falta para artistas femininas figurarem em grandes eventos da música sertaneja, mesmo com todo espaço já conquistado e com destaque na indústria.
Em entrevista para a CNN, ela disse que em cartazes de divulgação de eventos do gênero, é comum encontrar mais homens do que mulheres como atração, o que não é o correto. Paula cita que o trabalho das mulheres têm sido reconhecido.
Ela diz que se sentiu representada por Ana Castela, que ganhou como melhor Álbum de Música Sertaneja no Grammy Latino com o “Boiadeira Internacional (Ao Vivo)".
Ainda assim, para Paula falta equidade. “Contra boas obras, não há argumentos. Eu acredito que estejam vindo outras grandes cantoras e seja questão de tempo para termos um número pelo menos equilibrado”, disse.