Dani Calabresa compartilhou que está vivenciando mudanças alimentares durante a gestação de seu primeiro filho. A comediante e apresentadora, grávida de seis meses, afirmou em entrevista que passou a sentir vontade de consumir muitos legumes, o que foge do padrão alimentar que seguia anteriormente. O relato chamou atenção e gerou análise por parte de uma especialista.
Ginecolocista comenta sobre os desejos da comediante
A ginecologista endócrina Maira Campos explicou que essas mudanças são comuns durante a gravidez. Segundo a médica, fatores hormonais, emocionais e até culturais influenciam diretamente as preferências alimentares das gestantes. "Isso acontece por uma mistura linda (e desafiadora) de fatores hormonais, emocionais e até culturais", afirmou.
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A médica detalhou que os hormônios estrogênio e progesterona têm um papel relevante no processo. Eles afetam não apenas o humor e o olfato, mas também o paladar. De acordo com Maira, é como se o corpo ajustasse suas preferências para atender às novas necessidades da gestação.
A parte emocional dos desejos
Além dos aspectos hormonais, a médica destacou o papel emocional desses desejos. "A comida também traz conforto, acolhimento, então muitas vezes esses desejos vêm de uma necessidade de se sentir bem, segura", explicou. Segundo ela, é comum que gestantes sintam vontade de consumir alimentos que antes não faziam parte da rotina.
Maira Campos ressaltou que o organismo humano pode ser considerado intuitivo nesses casos. "O corpo é muito sábio. Em muitas gestações, especialmente nas primeiras semanas, ele 'pede' mais alimentos naturais e ricos em vitaminas", disse. Ela citou como exemplo frutas, verduras e legumes, que contêm nutrientes como ácido fólico, ferro e vitamina C.
Equilíbrio é fundamental
A médica explicou que a sensibilidade ao olfato e ao paladar aumenta nesse período, o que torna alimentos frescos mais atrativos e pode provocar repulsa a itens ultraprocessados. No entanto, segundo ela, cada mulher reage de forma diferente. “Algumas mulheres vão desejar frutas e água de coco, outras vão sonhar com batata frita e bolo de chocolate. Nenhuma está 'errada' ou vivendo uma gestação menos equilibrada por isso”, pontuou.
Encerrando a análise, Maira afirmou que, embora os desejos por alimentos saudáveis possam contribuir para uma nutrição mais adequada, o importante é buscar equilíbrio. “A alimentação na gravidez não precisa ser perfeita, ela precisa ser possível, gentil e, de preferência, acompanhada por uma equipe que respeite os sinais do corpo e da mente”, concluiu.