Daniele Hypolito colecionou troféus e honrarias ao longo do tempo em que representou o Brasil na ginástica artística. Ainda na pré-adolescência, a ex-atleta recebia inúmeros elogios por sua desenvoltura, e o apelido de “talento da natureza”, aplicado por técnicos e pela imprensa.
O destaque, ao lado do reconhecimento, chegou na vida da Daniele Hypolito, mas, com eles, vieram críticas que a pressionaram desde muito cedo.
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Das arquibancadas, as primeiras ofensas, gritos a chamando de “gorda”, mesmo com o corpo magro distribuído em seus 1,47m de altura, não passaram despercebidas.
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Mãe da atleta relembra algumas ofensas
“Eu me lembro bem, na Copa do Mundo em São Paulo, em 2006, na arquibancada, sentado atrás de mim, estava um treinador que gritou exatamente quando Dani (com 22 anos na época) competia na trave: “Desiste, sua gorda, sai daí”. Só me virei em silêncio para olhar para ele. E minha filha conquistou a medalha de prata”, relembrou Geni Hypolito.
Ofensas como essas já a deixaram mais tristes. Mas sua vida mudou de cabeça para baixo quando enfrentou o seu maior desafio em 2023, quando teve cinco internações, sendo uma delas bem grave devido a uma infecção urinária que cresceu rapidamente para uma pielonefrite, infecção bacteriana no rim.
Cobranças com o corpo
Dani diz que a opinião dos outros afetava sua saúde mental e que existe a vontade de emagrecer, e o passado com internações ainda é uma coisa muito viva na sua mente.
“Eu faço terapia e discuto essas questões por lá com meu psicólogo. Porque não estou satisfeita com meu corpo, mas entendo também que eu reproduzo essas insatisfações. Eu não posso me cobrar a ter um corpo de atleta, já não sendo mais. Preciso estar bem comigo mesma”, diz a ex-ginasta.