Prestes a completar 50 anos, a cantora Preta Gil está nos Estados Unidos para um tratamento experimental contra o câncer colorretal. A artista havia declarado anteriormente que suas chances de cura estariam fora do Brasil, e o custo do tratamento tem sido alvo de especulações na imprensa. Nesta quarta-feira (21), a assessoria de imprensa da cantora negou à revista Quem a informação divulgada pela colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles, de que o tratamento poderia custar até US$ 7 milhões, o equivalente a cerca de R$ 36 milhões na cotação atual. Mais detalhes devem ser divulgados em breve.
Nova Etapa do Tratamento Oncológico
A filha de Gilberto Gil, de 82 anos, embarcou para os Estados Unidos no dia 12 deste mês. A viagem faz parte de uma nova fase do tratamento oncológico de Preta, que luta contra um câncer no intestino desde 2023. Em abril, durante o Domingão com Huck, a artista já havia expressado sua esperança no tratamento internacional: "No Brasil, já fizemos tudo o que podíamos. Agora minha chance de cura está no exterior, e é para lá que eu vou".
Preta Gil também havia revelado ao Fantástico que faria um tratamento experimental em Nova York. Em dezembro do ano passado, a cantora passou por uma cirurgia de 21 horas, na qual foram removidas partes de seu aparelho digestivo e sistema linfático, além de seis tumores. No procedimento, foram realizadas uma peritonectomia e quimioterapia intraperitoneal.
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Detalhes do Tratamento Experimental
A oncologista Patrícia Maira Torres Costa explicou que o tratamento cirúrgico da artista foi "muito agressivo". "É uma cirurgia muito difícil e que só fazemos em pacientes selecionados. Digamos que ainda não está nas rotinas de tratamento. Então ele é feito só em pessoas super selecionadas, que é o caso da Preta Gil, que tem condições físicas de ter uma boa performance, e também condições financeiras porque esse tratamento causa, além de muita toxicidade, também desnutrição. O paciente precisa estar muito preparado para conseguir sobreviver a ele", afirmou a médica.
Segundo a especialista, o tratamento que Preta Gil realiza nos Estados Unidos ainda não está aprovado para esse fim específico. "Existem tratamentos experimentais para várias doenças. E quando esse tratamento é experimental, ele deve ser administrado para o paciente, feito para aquele paciente diante de estudos clínicos, ou seja, o paciente vai participar de um estudo clínico, que é provavelmente o que a Preta Gil vai fazer", esclareceu a oncologista.
A médica também mencionou que, para casos de câncer de intestino e outros tumores, são avaliadas as mutações para tratamentos direcionados, o que se enquadra na medicina de precisão e personalizada. "Não sei se no caso da Preta Gil ela tem alguma mutação acionável, ou seja, preditiva, que é uma mutação que possa ter algum tratamento que seja efetivo. Mas ela deve fazer porque existem várias drogas novas saindo, inclusive imunoterapia para quem não tem estabilidade de microssatélite (biomarcador que indica o quão estável é o DNA de uma célula)", explicou.