O rapper carioca Oruam, conhecido por suas declarações polêmicas, é o destaque da capa da revista britânica Dazed. Nesta segunda-feira (2), a revista internacional divulgou a edição com o artista brasileiro, acompanhada de um ensaio fotográfico bastante particular. Durante a entrevista, a figura do rap revelou o desejo de uma parceria musical e comentou sobre a “Lei Anti-Oruam”, um projeto de lei que visa impedir o uso de dinheiro público para pagar artistas que promovam o crime organizado ou o uso de drogas em seus shows.
A identidade e aspirações de Oruam
Na conversa com a Dazed, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, nome de batismo de Oruam, autodenominou-se um anti-herói. "Tem um projeto de lei com o meu nome, então sou muito famoso. Eles vão se lembrar de mim para sempre", declarou o músico. O filho de Marcinho VP relembrou sua primeira vez no palco, durante o lançamento do livro do pai, e destacou o apoio materno. "Escrevi um poema para o meu pai e ele me pediu para recitá-lo. Quando desci do palco, as pessoas começaram a pedir para tirar fotos comigo", disse ele.
O artista ainda acrescentou sobre a influência de sua mãe: "Minha mãe me fez ser quem sou hoje e costumava me dizer: ‘Um dia, você também vai ser chefe’. Quando mostrei meus primeiros poemas, ela me disse que eu era muito bom nisso. E quem lia, chorava. Se você provoca esse tipo de reação, isso é arte", completou o jovem. Os próximos passos de Oruam incluem a expansão de sua carreira para fora do Brasil. "Quero aprender inglês e lançar música nos Estados Unidos e Reino Unido. Meu sonho é gravar com o Justin Bieber", revelou.
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Oruam falou sobre personalidade
Questionado sobre seu marcante cabelo vermelho e sua definição no cenário musical, Oruam respondeu diretamente: "Não consigo ser artista e ser igual a todo mundo. Preciso ser original, preciso ser marcante. Não consigo descrever esse sentimento. É como se eu tivesse que ser um herói… Na verdade, sou um anti-herói. Pode anotar isso, chefe!". Com milhões de seguidores, ele é percebido como um porta-voz de adolescentes e jovens da comunidade, devido à sua história de dor e superação.
