O cantor Chico Buarque, de 80 anos, foi operado na manhã desta terça-feira (3) em Copacabana, no Rio de Janeiro. O hospital não forneceu detalhes, mas a equipe do artista informou que ele está bem e deve ter alta nos próximos dias.
Procedimento cirúrgico e estado de saúde
"É um pequeno procedimento, que já estava programado. Não foi emergência. Foi um pequeno procedimento para aliviar a pressão intracraniana. Ele está bem", pontuou a assessoria do cantor.
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Trajetória de Chico Buarque
Chico Buarque de Holanda (nascido em 1944) é um renomado músico, dramaturgo e escritor brasileiro. Ele ganhou destaque no cenário nacional ao vencer o primeiro Festival de Música Popular Brasileira com a canção "A Banda", interpretada por Nara Leão, rapidamente conquistando reconhecimento de críticos e do público.
Além de sua carreira como compositor e cantor, Chico Buarque também é um escritor aclamado, com diversos livros lançados e traduzidos. Em 2019, ele foi agraciado com o Prêmio Camões (31ª edição) em reconhecimento à sua obra literária.
No universo da música, colaborou com compositores e intérpretes de grande destaque, incluindo Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim), Toquinho, Baden Powell, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edu Lobo e Francis Hime.
Vida e carreira
Francisco Buarque de Holanda, mais conhecido como Chico Buarque de Holanda, nasceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1944. É filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim.
Em 1946, sua família mudou-se para São Paulo, onde seu pai foi nomeado diretor do Museu do Ipiranga. Em 1953, Chico e a família foram morar na Itália, onde Sérgio Buarque lecionou na Universidade de Roma.
Em 1963, Chico Buarque ingressou no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, período em que participava ativamente dos movimentos estudantis. O cantor e compositor participou da Passeata dos Cem Mil, um protesto contra a repressão do regime militar.
Durante os anos do regime militar, Chico teve várias de suas músicas censuradas e sofreu ameaças, o que o levou a se exilar na Itália em 1969. Suas canções frequentemente denunciavam aspectos sociais e culturais da época. Seu retorno ao Brasil, em 1970, foi celebrado com manifestações de amigos e admiradores.