Ana Paula Minerato desistiu da ação judicial movida contra o ex-namorado Erison Gomes da Silva Brito, conhecido como KT Gomes. A influenciadora buscava uma indenização de R$ 52 mil pelos danos causados após a divulgação de um áudio atribuído a ela, com conteúdo considerado racista. A decisão foi homologada pela juíza Fernanda Bolfarine Deporte no dia 26 de junho e resultou na extinção do processo, sem julgamento do mérito.
No processo, Minerato solicitava R$ 40 mil por danos morais e R$ 12 mil por danos materiais. A influenciadora alegava que, durante o relacionamento com o cantor, manteve conversas privadas por telefone, uma das quais teria sido gravada sem consentimento e posteriormente divulgada nas redes sociais. A repercussão da gravação gerou ampla cobertura midiática e reações negativas nas plataformas digitais.
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Segundo a ex-participante do reality “A Fazenda”, o episódio acarretou prejuízos significativos em sua vida pessoal e profissional. Ela relatou a perda de contratos de publicidade, o encerramento de vínculo com a emissora Band e danos emocionais decorrentes da exposição pública. Ainda no processo, Minerato afirmou ter sido vítima de ataques virtuais intensos, o que teria afetado diretamente sua saúde mental.
Além da indenização financeira, Minerato também solicitava uma tutela de urgência para impedir KT Gomes de continuar publicando qualquer conteúdo relacionado à conversa. A medida incluía a exclusão de registros nas redes sociais — como fotos, vídeos e áudios — sob risco de multa diária em caso de descumprimento. Contudo, com a desistência homologada, as demandas judiciais deixam de ter efeito.
A polêmica teve início com a divulgação de um áudio em que uma voz atribuída a Ana Paula Minerato fazia comentários considerados ofensivos à cantora Ananda, integrante do grupo Melanina Carioca. Na gravação, a pessoa se refere à artista como “a do cabelo duro”, e questiona se KT teria interesse por ela. O conteúdo foi amplamente repercutido, gerando acusações de racismo contra a ex-modelo.
KT Gomes, por sua vez, negou publicamente ser o responsável pela divulgação do material. Em nota divulgada na época, ele afirmou não ter sido o autor do vazamento. Apesar disso, foi apontado como réu na ação movida por Ana Paula, que o responsabilizou pelo ocorrido. A defesa da influenciadora foi procurada para comentar a desistência, mas preferiu não se manifestar sobre a decisão judicial.
Com o encerramento do processo, o caso deixa o âmbito do Judiciário e passa a não contar com novas obrigações legais entre as partes, a menos que uma nova ação seja aberta no futuro. A extinção sem julgamento do mérito não implica decisão sobre a culpa ou inocência do ex-companheiro, apenas formaliza a escolha da autora em retirar a queixa inicialmente apresentada.