A 25ª edição do Big Brother Brasil encerrou-se com a menor audiência registrada na história do reality show. A final obteve apenas 17 pontos de audiência no Ibope da Grande São Paulo e no Painel Nacional de Televisão (PNT). Em comparação com a edição anterior, que consagrou Davi Brito e alcançou 27 pontos, houve uma queda de 37%, representando dez pontos a menos, conforme dados prévios de audiência.
Baixa audiência
Apesar dos números considerados baixos na medição tradicional, a Globo ressalta a expressiva repercussão do BBB 25 nas redes sociais, contabilizando 41 horas em trending topics no X (antigo Twitter) e mais de 1 bilhão de visualizações nas redes oficiais da emissora. Durante seus 93 dias de exibição, o programa alcançou 127 milhões de brasileiros, o que corresponde a aproximadamente 80% dos lares do país.
O reality show também impulsionou o Globoplay, que registrou o melhor primeiro trimestre de sua história, com um crescimento de 13% no número de usuários em relação ao ano anterior.
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Renovação e mais do mesmo
A edição buscou uma renovação, implementando novas dinâmicas, resgatando provas clássicas e apresentando um elenco diversificado, incluindo participantes já conhecidos pelo público. Entre os aspectos positivos, destacaram-se provas de resistência intensas, a participação de celebridades e o fenômeno dos "minidummies" nas redes sociais.
No entanto, a temporada enfrentou dificuldades devido à falta de interação e carisma entre os participantes, resultando em um ambiente considerado apático e com baixo engajamento do público. A dinâmica "Freeze" (ou "Congelados"), inspirada em edições internacionais, foi avaliada como confusa e sem impacto significativo. A dinâmica de duplas, que inicialmente despertou interesse, foi encerrada prematuramente devido à ausência de química e conflitos relevantes entre os participantes.
Em termos históricos, o BBB 25 é apontado como a temporada de menor sucesso do programa em audiência e share (percentual de televisores ligados durante sua exibição), superando inclusive edições anteriormente consideradas fracassos, como o BBB 19 e o BBB 23.
Comparação com outras edições
Para comparação, o BBB 5, uma das edições de maior sucesso, alcançou 47 pontos de audiência e 69,2% de share, índices significativamente superiores aos da 25ª edição. A medição tradicional do Ibope não contabiliza o consumo de conteúdo em plataformas digitais como o TikTok, o que dificulta a comparação direta com temporadas anteriores, quando a televisão aberta detinha o domínio do cenário audiovisual.
A produção do BBB 25, sob a direção de Rodrigo Dourado, que substituiu Boninho, implementou diversas estratégias com o objetivo de reanimar o programa, mas sem sucesso expressivo. A principal falha apontada foi a seleção do elenco, que não conseguiu estimular o engajamento nem mesmo entre os participantes, o que se refletiu diretamente na perda de público.