No país onde existem mais smartphones do que pessoas, um recente relatório, publicado na revista científica Sleep Medicine Reviews surpreendeu ao abordar os efeitos do uso de tecnologia por humanos, momentos antes de dormir.
Em comum, o recomendado é evitar o uso de aparelhos celulares momentos antes de dormir, uma vez que ele é um estimulante e pode atrapalhar o corpo de garantir seu descanso total.
Entretanto, pesquisadores da Universidade de Örebro, na Suécia, sugerem que remover o total uso da tecnologia neste momento pode ser prejudicial em alguns casos, uma vez que sua ausência pode alimentar pensamentos negativos, excitação e, eventualmente, aumentar sintomas de insônia.
Para chegar a esta conclusão, o grupo avaliou dados de estudos anteriores, principalmente os que levantavam a hipótese da luz brilhante (que faz ligação entre o uso da tecnologia e o sono) e a hipótese da excitação (que apontam menor estimulação na hora de dormir).
Em texto publicados, autores comentam sobre a ideia geral entre o uso de celular e o sono: “Para alguns indivíduos e famílias, remover a tecnologia dos quartos durante a noite pode ser uma maneira útil de evitar quaisquer possíveis impactos do uso da tecnologia no sono”, iniciam.
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Os pesquisadores explicam, então, que nem sempre essa tática resultará em algo positivo: “No entanto, restringir dispositivos pode não ser adequado para todos, ou para algumas famílias isso pode ser difícil de implementar”.
O estudo aponta que, em determinados casos, alguns indivíduos podem ser mais vulneráveis quanto aos efeitos negativos da tecnologia sobre o sono. Os esforços de intervenção deve se focar neste grupo.
Por outro lado, o grupo também afirma que é necessário realizar novos estudos sobre como a tecnologia pode afetar o sono: “Luz brilhante e excitação não parecem importar tanto quanto a forma como administramos nosso tempo de tela à noite”.
Em conclusão, o artigo sugere que, apesar de restringir a tecnologia ser uma ideia eficaz, também é possível usar a mesma para incentivar o sono. Neste cenário, profissionais podem refletir sobre o uso destes aparelhos como um auxílio para o início de sono e, assim, contornar a minimização de danos.