Nesta última semana, um estudo realizado pela Universidade de Newcastle, na Austrália, revelou que pessoas que sofrem com ansiedade possuem mais riscos de desenvolverem demência.
Esta é, inclusive, a primeira pesquisa que realiza comparativos entre os efeitos da ansiedade crônica “recente” e “resolvida”, em relação ao risco do comprometimento cognitivo.
O estudo, que foi publicado no no Journal of the American Geriatrics Society, indica que conviver com ansiedade pode ser um fator de risco modificável para a demência.
Para chegar a essa conclusão, a pesquisa contou com a participação de 2.132 voluntários com mais de 60 anos, sendo 76 anos a idade média. Estes voluntários foram divididos em três grupos: 60-70, 71-80 e 81+.
Com isso, os participantes da pesquisa tiveram sua vida acompanhada durante 10 anos. No início do estudo, o nível de ansiedade para cada participante foi avaliado e processo foi repetido 5 anos depois, dessa forma, foi possível descobrir quem possuía ansiedade “crônica”, “resolvida” e “nova”.
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Em conclusão, foi reparado que pessoas com ansiedade crônica e ansiedade de início recente apresentaram riscos maiores de ter demência, sendo 2,8 e 3,2, respectivamente. Já os adultos que foram diagnosticados com ansiedade antes do 70, o número foi ainda maior: sete vezes mais propensos a desenvolver a condição.
Em contrapartida, os participantes que conseguiram resolver seus problemas de ansiedade, não apresentaram grandes riscos de desenvolver o problema, em comparação aos indivíduos sem ansiedade atual ou passada.
De acordo com a pesquisa, o estilo de vida causado pela ansiedade pode ser um fator que aproxima a demência: “Pessoas com ansiedade são mais propensas a adotar comportamentos de estilo de vida pouco saudável, incluindo dieta inadequada, sedentarismo e tabagismo, o que pode levar a doenças cardiovasculares, fortemente associadas à demência”.