Ex-funcionária e o marido são condenados por desviar R$ 1,5 milhão de Alexandre Pires
A Justiça apontou o uso de uma oficina mecânica como fachada e destacou a vida de ostentação da ex-funcionária na web, mas a defesa informou que irá recorrer
Uiara Teixeira, ex-funcionária do cantor Alexandre Pires, foi condenada a 16 anos e 6 meses de prisão. A condenação foi em regime fechado pelos crimes de furto qualificado e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, ela teria desviado pouco mais de R$ 1,5 milhão das contas pessoais e empresariais do artista e da esposa, Sara Pires.
De acordo com a denúncia, o crime teria acontecido entre os anos de 2014 e 2018. Na decisão da Justiça, foi citado que Uiara contou com a ajuda do marido, Elcione Silva Cassiano, que também foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto.
A denúncia aponta que os dois teriam usado uma oficina mecânica como fachada para lavagem de dinheiro, que seria usada, supostamente, para simular empréstimos e realizar transações bancárias suspeitas. Alexandre Pires e a esposa começaram a desconfiar depois que Uaiara passou a ostentar uma vida de luxo nas redes sociais, sendo que ela recebia o salário de R$ 4 mil por mês.
Entre os bens ostentados pela ex-funcionária do cantor nas redes sociais, estavam carros de luxo, roupas de grife, imóveis grandes e localizados em áreas nobres, além de objetos de grande valor.
Defesa da ex-funcionária
Cabe destacar que a ex-funcionária e o companheiro podem recorrer em liberdade. No entanto, em nota, a defesa de Uiara negou as acusações e afirmou que há uma ação cível sigilosa em andamento, na qual ela busca reaver documentos que comprovariam a destinação lícita dos valores mencionados no processo. A defesa garante ainda que o padrão de vida da cliente era compatível com os rendimentos do marido, empresário, e que o casal já possuía patrimônio antes do vínculo com o cantor.
Auditoria interna
Desconfiado, Alexandre Pires solicitou uma auditoria interna, onde teriam sido identificadas diversas irregularidades, como assinaturas falsificadas, saques não autorizados e movimentações financeiras inadequadas.
Decisão da Justiça
Diante das provas apresentadas, o juiz André Ricardo Botasso, responsável pelo caso, considerou que foram apresentadas provas suficientes sobre a lavagem de dinheiro que cobriu a origem ilícita dos valores. Com isso, o juiz condenou a dupla a prisão e determinou que Uiara e Elcione devolvam o valor desviado.