Karina Oliani, especialista em resgate de emergência, revelou à CNN Brasil a provável causa da morte de Juliana Marins. A mochileira foi localizada sem vida na última terça-feira (24), quatro dias após cair de um penhasco em uma região vulcânica na Indonésia.
A médica afirmou que a brasileira "certamente enfrentou temperaturas abaixo de zero" na parte da noite, com mínimas de 5ºC no decorrer do dia. "Sem dúvida, ela sofreu de hipotermia. A hipotermia mata com certeza", opinou.
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O que a equipe de resgate poderia ter feito por Juliana Marins?
Oliani também expôs o que a equipe de resgate poderia ter feito após a queda de Juliana. "Eles poderiam, enquanto ela ainda estava visível, se eles tivessem um pouco mais de resposta imediata a um socorro, tivessem um pouco mais de preparo, eles poderiam ter entregado algo para ela se hidratar, porque a desidratação também mata, né?", declarou.
"Uma garrafa térmica com uma bebida quente, eles poderiam ter entregado algum tipo de alimento para ela manter a glicemia em um nível saudável, e eles certamente deveriam ter entregado roupas especializadas para ela se manter aquecida", completou.
Segundo o UOL News, a falta de comida e água teria acelerado a morte da publicitária. A irmã de Juliana, Mariana, havia apontado suposta negligência durante as buscas pela niteroiense.
"Ela vai passar mais uma noite sem comida porque a equipe simplesmente não consegue chegar até ela. Então, está muito complicado. A gente segue aqui na expectativa e pedindo mais agilidade. Tudo que a Juliana precisa é de agilidade, velocidade", disparou Mariana, antes do resgate confirmar a morte de Juliana.
Vale destacar que, nesta quarta-feira (25), os familiares de Juliana voltaram a acusar a equipe de resgate de negligência e prometeram acionar a Justiça.