A disputa judicial entre Murilo Huff e Dona Ruth pela guarda de Léo, filho de Marília Mendonça, continua a ganhar desdobramentos. Após a Justiça conceder, em decisão provisória, a guarda unilateral da criança ao cantor, novas informações reveladas nesta segunda-feira (7 de julho de 2025) pelo colunista Gabriel Perline, no programa A Tarde é Sua, lançam luz sobre os bastidores da administração da herança deixada pela cantora.
Herança e estrutura das empresas de Marília Mendonça
Segundo Perline, antes da morte de Marília Mendonça, a artista possuía participação na empresa Sentimento Louco, que detinha percentuais sobre suas obras. Na época, os outros sócios eram a empresa WorkShow e a dupla Henrique e Juliano.
Após a morte da cantora, os músicos teriam cedido sua parte para Dona Ruth como forma de apoio, elevando a participação da mãe de Marília. Atualmente, de acordo com o colunista, a WorkShow detém 50% dos direitos, Léo possui 30%, e Dona Ruth, 20%.
Ainda de acordo com Gabriel Perline, após o falecimento da filha, Dona Ruth criou uma nova empresa, batizada de Marília Mendonça Produções, com o objetivo de gerenciar os direitos autorais das obras deixadas por Marília. A estrutura societária da nova empresa atribui 60% da participação a Léo e 40% à avó materna. A movimentação, no entanto, chamou a atenção da defesa de Murilo Huff, especialmente por um detalhe: entre os administradores da nova empresa está Deyvid Fabrício, atual marido de Dona Ruth, além da própria mãe de Marília e seu advogado.
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Negociação de obras e desdobramentos da guarda
O estopim, segundo o colunista, teria sido a veiculação da informação de que todas as obras de Marília Mendonça estariam prestes a ser vendidas a uma grande gravadora por cerca de R$ 300 milhões. Caso o negócio fosse concretizado por meio da Marília Mendonça Produções, 60% do valor caberia a Léo, enquanto os outros 40% iriam para Dona Ruth. A negociação, no entanto, foi paralisada. A defesa de Dona Ruth negou as informações.
A decisão judicial, emitida na noite de segunda-feira (30 de junho de 2025), estabelece que o garoto, de 5 anos, passe a viver sob os cuidados do pai e visite a avó quinzenalmente. Até então, Léo morava com Dona Ruth desde a morte da mãe, em novembro de 2021. O novo cenário tem sido emocionalmente delicado para a família materna, especialmente para a avó do menino, que demonstrou profunda tristeza com a mudança.
“Estamos vivendo tudo que tínhamos vivido de novo. Chega a ser cruel com a criança e conosco. Quando penso no coraçãozinho dele, eu choro”, desabafou Ruth em entrevista ao G1. Ela também afirmou estar vivendo um verdadeiro luto: “Eles proíbem a gente de vê-lo, colocaram lá uma visitação absurda de 15 em 15 dias. Meu filho está mal, meu filho está arrasado”. A disputa pela guarda de Léo se tornou pública nos últimos meses, após Murilo Huff entrar com um pedido de guarda unilateral.