Desde a morte de Silvio Santos, as filhas do apresentador vêm trabalhando para dar continuidade ao legado deixado por ele no SBT — especialmente Daniela Beyruti, que, mesmo antes do falecimento do comunicador, em agosto de 2024, já havia assumido a direção da emissora.
Mas essa não é uma tarefa fácil. Silvio conquistou o carisma do público com seu jeito único de comandar a emissora, e suas herdeiras vêm tentando encontrar uma forma de dar continuidade a esse legado, ao mesmo tempo em que imprimem suas próprias identidades na empresa.
Recomendados para você
À frente da direção, Daniela divide opiniões, e a irmã Silvia Abravanel comentou sobre o desempenho dela na ausência do pai: “Aquilo [o SBT] era o brinquedinho dele”, relembrou Silvia em entrevista a Alt Tabet, do Canal UOL, ao falar sobre a dedicação de Silvio à emissora.
“A gente ainda está fazendo os ajustes com ela, a Daniela Beyruti, ajudando-a, e temos certeza de que, em algum momento, tudo vai dar certo”, completou a filha de Silvio, sobre o apoio que a família tem dado à irmã.
Quanto à possibilidade de vender as empresas erguidas por Silvio, Silvia descarta a ideia: “A gente não pensa em vender nenhuma das empresas. A Daniela ainda está aí… faz aqui, faz ali, e a gente está dando esse suporte para ela, que é importante”, afirmou.
“Porque, antes, por mais que tivesse a Daniela, a Renata, a gente… existia um centro, um centralizador, um imperador da história toda, né? Tinha um rei. E agora, de repente, viraram sete rainhas. Então, estamos dando todo esse suporte para a Daniela também, para que ela consiga fazer os ajustes certos”, acrescentou Silvia.
Críticas à grade
Recentemente, o SBT passou por uma reformulação na grade de programação, incluindo um programa evangélico, e Silvia não escondeu que foi contra a decisão: “Inflar demais não agrada a todos os públicos. Quando você começa a colocar coisas que divergiam do pensamento dele [Silvio], pessoas fiéis à emissora podem não ver isso com bons olhos. Pode ser uma faca de dois gumes, pode ser, de repente, um tiro no pé. Eu gosto da ideia, acho bonito — mas de forma pontual. Não gosto da ideia de ter um programa evangélico fixo no SBT”, explicou ela.