O apresentador Otávio Mesquita ingressou com uma ação judicial contra Juliana Oliveira, ex-assistente de palco de Danilo Gentili. O comediante alega ser vítima de uma falsa acusação de estupro e pleiteia uma indenização de R$ 50 mil por danos morais.
Na ação judicial, a defesa de Mesquita argumenta que ele foi estigmatizado como estuprador após a divulgação do caso pela mídia e que corre o risco de perder "vultosos patrocinadores" em decorrência da acusação. "A pecha foi dada, o rótulo foi colado, em matérias sensacionalistas, à imagem do autor. Só quem já passou por isso sabe o risco de perdas de vultosos patrocinadores pela simples menção à palavra “estupro” em qualquer notícia envolvendo o patrocinado", consta na petição assinada pelos advogados Roberto Campanella Candelária e Matheus de Oliveira.
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Os advogados de defesa também afirmam que Juliana parece buscar "obter engajamento digital" com a denúncia, com o objetivo de "buscar compensações financeiras", e classificam a postura da ex-assistente de palco do SBT como um "desserviço para a causa feminista".
Entenda o caso
Juliana Oliveira denunciou Otávio Mesquita por estupro durante a gravação do programa The Noite, exibido em abril de 2016. No episódio em questão, Otávio Mesquita aparece suspenso por uma corda. Quando Juliana se aproxima para auxiliá-lo com o equipamento, Mesquita a agarra, apalpa seu seio e a envolve com as pernas, esfregando-se repetidamente.
A defesa de Juliana sustenta que Mesquita "forçou contato físico libidinoso com a vítima", que não houve consentimento, e aponta para a humilhação pública resultante da exibição do episódio. Juliana declarou que "nada foi combinado" e que reportou o ocorrido à equipe do programa na época, sendo posteriormente isolada em banheiros para evitar contato com Mesquita. Ela alega ter sido ignorada pelo SBT ao relatar o caso.
Mesquita, por sua vez, afirmou que o conteúdo da gravação era uma brincadeira previamente acordada, pediu desculpas caso tenha havido má interpretação e processou Juliana por danos morais. Na ação movida contra Juliana, a defesa de Mesquita declara que, em caso de vitória, o apresentador se compromete a destinar a indenização a uma organização não governamental dedicada ao acolhimento e assistência de mulheres vítimas de violência sexual.
