O voluntário no resgate de Juliana Marins, Agam Rinjani, abriu uma live no Instagram para expor as dificuldades na hora de recuperar o corpo da brasileira. As mensagens foram traduzidas por uma indonésia que fala português, segundo o g1.
"A situação é muito trágica e ficou na memória do Agam. Foi muito duro. Em algum momento, várias vezes o suporte de quem estava lá no topo desabou. Isso provocou a queda de pedras e areia várias vezes. Só por misericórdia de Deus eles não morreram", traduziu a mulher.
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Agam também disse que a equipe enfrentou frio extremo: "Ele [Agam] diz que não sabe como eles conseguiram resistir e que estava muito, muito frio. Ele disse que ele e os outros 7 resgatistas disseram que sabiam que se chovesse um pouco mais, eles morreriam juntos".
O montanhista pediu desculpas por não ter conseguido salvar Juliana: "Ele agradeceu de coração todos vocês e pediu desculpas por não ter conseguido trazer a Juliana de volta e que fez o melhor que ele podia. Infelizmente, os resgates do Rinjani são os mais difíceis. Ele pediu desculpa e disse que foi o máximo que conseguiu fazer".
Tyo Survival também se voluntariou para o resgate de Juliana Marins
Tyo Survival, outro alpinista que se voluntariou para o resgate de Juliana Marins, mostrou nas redes sociais que a equipe de resgate passou a noite perto do corpo da publicitária.
"Depois de garantir que a vítima havia morrido, nossa equipe combinada de voluntários a protegeu e passou a noite em um penhasco vertical íngreme com condições rochosas instáveis a 3 metros da vítima, enquanto esperava outra equipe para retirá-la de cima", contou Tyo.
Durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, Juliana Marins sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros de profundidade. O resgate demorou quatro dias para conseguir chegar até a niteroiense.